À saída da reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional, Marcelo Rebelo de Sousa recusou responder às questões feitas pelos jornalistas que li se encontravam sobre o pedido do Bloco de Esquerda para a exoneração do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, afirmando que este “não é um poder do Presidente da República” comentar “posições de dirigentes, de parlamentares, de governantes”.
“Já disse tudo aquilo que havia a dizer em relação à Caixa Geral de Depósitos. O diploma que era preciso promulgar para tornar claro o acesso à informação bancária, eu promulguei imediatamente. Portanto, dei condições para o Parlamento exercer soberanamente a sua função de inquérito, para além do apuramento que tenha que ser feito a todos os níveis relativamente ao que aconteceu no passado na Caixa Geral de Depósitos, que como sabem, envolve dinheiro dos contribuintes, ou seja, dinheiro dos portugueses”, disse o chefe de Estado.
Recorde-se que esta segunda-feira, o BE e o CDS-PP admitiram pedir a exoneração de Carlos Costa, no que diz respeito à sua ligação à CGD e à investigação do supervisor ao banco público.
Recorde-se que, além do Banco de Portugal e da CGD, o Ministério Público também está a avaliar se há crimes envolvidos para, eventualmente, colocar ações de responsabilidade civil sobre os ex-gestores.