A eurodeputada Ana Gomes voltou a referir-se ao caso de Rui Pinto, o alegado hacker que terá acedido e divulgado informação confidencial de clubes de futebol.
"Pois, pois! Autoridades portuguesas esmifram-se para prender 'perigoso' whistleblower @RuiPinto FL, q denuncia corruptos. Mas deixam tranquilitos e à solta criminosos e corruptores do gabarito de Ricardo Salgado e capangas!…", escreveu Ana Gomes, esta terça-feira, no Twitter.
Pois, pois! Autoridades portuguesas esmifram-se para prender “perigoso” whistleblower @RuiPinto_FL, q denuncia corruptos. Mas deixam tranquilitos e à solta criminosos e corruptores do gabarito de Ricardo Salgado e capangas!… https://t.co/QEOEc9iBo4
— Ana Gomes, MEP (@AnaGomesMEP) March 5, 2019
Pouco depois, publicou outro post sobre o mesmo tema: "E fazem-no com tanto ardor que até dispensam a mais elementar competência… quem foi o 'artista' q emitiu o Mandado de Detenção Europeu sem ter Mandado de Detenção Nacional???? Como se explica tão grosseiro erro????", questionou a eurodeputada.
E fazem-no com tanto ardor que até dispensam a mais elementar competência… quem foi o “artista” q emitiu o Mandado de Detenção Europeu sem ter Mandado de Detenção Nacional???? Como se explica tão grosseiro erro???? https://t.co/4pAId2tdrR
— Ana Gomes, MEP (@AnaGomesMEP) March 5, 2019
Esta não foi a primeira vez que Ana Gomes se pronunciou sobre o caso de Rui Pinto, nem que usou um tom crítico para o fazer. Na altura em que o alegado hacker foi detido em Budapeste, em janeiro, a eurodeputada deixou a questão: "Pirata ou "whistleblower?”. Para Ana Gomes, Rui Pinto “expôs corrupção bem entrincheirada”, escreveu ainda na altura.
Recorde-se que o hacker ficou a saber ontem que seria extraditado para Portugal, sendo que os seus apelos para que isso não acontecesse – chegou a dizer que se tratava de “uma questão de vida ou de morte” – não impediram o Tribunal Metropolitano de Budapeste de ordenar o regresso ao seu país.
Logo após a decisão ter sido reconhecida, Rui Pinto fez saber que iria recorrer, sendo que a avaliação deste pedido poderá demorar entre uma e três semanas, período em que continuará na capital húngara.