O Presidente da República quebrou o silêncio sobre a crise política, precipitada pela inicial aprovação da reposição integral do tempo de serviço dos professores por todos os partidos à exceção do PS.
"Tudo o que dissesse limitava a liberdade", justificou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas na Fundação Champalimaud.
"Os portugueses perceberam que o Presidente intervém para prevenir crises. O presidente olhando para uma lei que estava no final do período da sua aprovação entendeu esperar", explicou o chefe de Estado.
Marcelo sublinhou ainda que não recebeu qualquer partido para falar sobre o assunto. "Eu tenho por natureza nesta campanha eleitoral uma agenda muito apertada. A minha ideia foi não interferir durante a crise política causada pelo diploma dos professores", acrescentou.
Recorde-se que o PSD e o CDS voltaram atrás e votaram contra, na generalidade, a medida que aprovaria a reposição dos nove anos, quatro meses e dois dias do tempo congelado aos professores
O Presidente da República foi também questionado sobre a audição do empresário Joe Berardo na comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos. "Alguém que foi importante em determinado momento, de repente fica aquém", disse Marcelo.