Paulo Rangel esteve esta quarta-feira em Penacova, no IP3, para mostrar uma zona do troço danificada e deixou duras críticas ao Executivo de António Costa.
Enquanto apontava para o tabuleiro danificado, que tem uma faixa de rodagem fechada por razões de segurança “há dois ou três anos, o social-democrata indicou o local do “dano do talude” que provocou o abatimento da via e deixou o reparo de que a circulação naquela estrada é “pesada, com muitos camiões”.
"As pessoas passam por cima do perigo sem o verem. Isto é o que o Governo nos faz, faz-nos passar por cima do perigo sem o ver", declarou o cabeça de lista do PSD às eleições europeias, citado pela agência Lusa.
"Isto mostra que o Governo PS só trabalha para o que dá no olho, por isso quisemos mostrar os bastidores, o outro lado do IP3. É evidente que manter as estruturas não dá votos, o que dá votos é coisas que dão no olho", criticou, relembrando os “riscos sérios” que acarreta a falta de manutenção, sobretudo “no inverno com a instabilidade das terras".
Para Rangel, os problemas identificados vêm dos “cortes”, “cativações” e do “desinvestimento” na manutenção.
"Pedro Marques passou o mês de janeiro a fazer inaugurações de milhares de milhões de euros, para dez anos. Antes de se vir embora tratou de deixar tudo anunciado e publicitado, simplesmente depois não acontece nada", criticou.
O social-democrata não esqueceu a “degradação dos números da segurança rodoviária" em Portugal.
"Em 2016 houve 445 mortos, quantos houve em 2017? 510. Quantos em 2018?, 513. Quantos houve em 2019, já vamos com mais nove que o ano passado a data de 8 de maio (…) E só num troço de 20 km a partir daqui morrerem nos últimos 10 anos 124 pessoas (…) não há nenhuma estrada no país onde tenham morrido tantas pessoas", lamentou.
Para Rangel, tudo isto demonstra que as obras de requalificação do IP3 no valor de 140 milhões de euros anunciadas pelo Governo se tratam de “um embuste”.