Depois da crise política por causa do tempo de serviço congelado aos professores, com o BE e o PCP a tecerem duras críticas ao PS e ao Governo, a campanha eleitoral parece ter vindo a esfriar os ânimos entre os partidos da ‘geringonça’.
Durante a primeira semana de campanha oficial, tanto o BE como o PCP teceram algumas críticas ao PS, mas de forma muito tímida. Também do lado dos socialistas, o principal alvo de críticas têm sido os partidos da direita, PSD e CDS.
Ao terceiro dia de campanha, a líder bloquista, Catarina Martins, participou num jantar-comício da candidatura de Marisa Matias para lembrar todos os recuos do PS na reta final da legislatura, recordando o caso das PPP na lei de bases da Saúde, da taxa sobre a especulação imobiliária ou da taxa sobre as rendas das energéticas.
Mas, apesar de serem temas que abriram algumas feridas entre o PS e o BE, Catarina Martins foi parca nas críticas e disse apenas que «é preciso mais» e que esta postura dos socialistas «é pouco aconselhável».
Também o PCP, que depois da ameaça de demissão de António Costa – por causa do tempo de serviço dos professores – acusou o Governo e o PS de «calculismo eleitoral» e de «fixação pela maioria absoluta», é agora mais cauteloso nas críticas feitas aos socialistas. Mas, até agora, durante a campanha, João Ferreira apenas criticou o PS nas políticas que resultaram na desertificação do interior, frisando que este é o reflexo de «anos acumulados de desinvestimento». Crítica que, aliás, também estendeu ao PSD de Rui Rio e ao CDS de Assunção Cristas.
Já o PS assestou baterias nos partidos da direita, acusando o PSD de «campanha negra» e de «sujeira» – depois de terem vindo a público notícias a dar conta de alegados perfis falsos nas redes sociais para denegrir o candidato do PS.