A nova ronda de negociações entre o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), realizada durante uma reunião esta quarta-feira, voltou a terminar sem que as partes conseguissem chegar a acordo. Ou seja, a greve de 12 de agosto mantém-se.
O porta-voz da ANTRAM adiantou, à saída da reunião, que não houve "nenhuma abertura" da parte dos sindicatos de motoristas, que acusa de terem assumido uma postura "muito arrogante" e de "vitimização”.
Recorde-se que a reunião de hoje serviria para um estabelecimento dos serviços mínimos, sendo que os motoristas tinham uma proposta de 25% para todo o território, algo que o porta-voz da ANTRAM considerou que “não era responsável para os portugueses”.
Aliás, André Matias de Almeida sublinhou que na greve de abril os serviços mínimos eram de 40%.
Recorde-se que esta manhã, o ministro das Infraestruturas aconselhou os portugueses a preparem-se para a paralisação, que no passado levou a uma corrida aos postos de abastecimentos e à consequente falta de combustível.
"Temos todos de nos preparar. O Governo está a fazer o seu trabalho [para evitar a greve], mas todos podíamos começar a precaver-nos, em vez de esperarmos pelo dia 12 [a paralisação], que não sabemos se vai acontecer. Era avisado podermo-nos abastecer para enfrentar com maior segurança o que vier a acontecer", aconselhou Pedro Nuno Santos.
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