No final do encontro semanal com o Presidente da República, António Costa falou aos jornalistas acerca do "desenvolvimento da situação ao longo desta semana" sendo que foi esta a temática principal abordada entre o chefe do Executivo e Marcelo Rebelo de Sousa. Costa começou por esclarecer que estão a ser "criadas condições para que a greve seja desconvocada", no entanto, não deixou de agradecer a quem tem contribuído para que se mantenha a ordem pública expressando uma "palavra de gratidão às nossas Forças Armadas e às nossas forças de segurança pela forma exemplar como têm desempenhado as sua funções para assegurar o cumprimento da legalidade democrática".
Relativamente às negociações que estão a ser levadas a cabo com o Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas, Costa esclareceu que "a esta hora ainda não foi concluído o trabalho, mas a esperança é a última a morrer". O secretário-geral do PS realçou igualmente que "os portugueses têm manifestado um civismo exemplar. A verdade é que o país não parou e está a funcionar normalmente". Sobre a possibilidade de uma mediação governamental, Costa assegurou que não sabe se o Governo terá de assumir esse papel, porém, continuarão "a estimular o diálogo entre as partes e, ao mesmo tempo, a exercer a autoridade do Estado".
"Tenho visto pessoas que têm estado ausentes a dizerem que nao percebem o dramatismo da situação" comentou, reforçando que "agora o desejo que todos temos é que este esforço final de abrir as portas a um diálogo seja possível e possamos entrar nesta nova quinzenal sem mais preocupações". Ainda que a reunião entre a ANTRAM e o SNMMP esteja a decorrer no ministério das Infraestruturas, Costa afirmou que o "Governo se empenhou desde a primeira hora" em ajudar na resolução deste "conflito".