A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) reuniram-se, esta segunda-feira, na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT). No entantoi, após debaterem acerca das propostas distintas sobre os serviços mínimos para a greve de setembro, as partes não chegaram a acordo.
À saída da reunião, André Matias de Almeida, porta-voz da ANTRAM, afirmou perante os jornalistas: "Realço as palavras do presidente [Francisco São Bento] do sindicato, acho que caminhamos para aquilo que pode ser um entendimento mas é importante que se passem das palavras para os atos". O líder acrescentou igualmente: “Ficamos com dúvidas sobre quais seriam os serviços mínimos, principalmente aos sábados. Ambas as partes não tinham meios para definir percentagens e por isso deixamos para os ministérios essa decisão”.
Por outro lado, Francisco São Bento, presidente do SNMMP, explicou que ainda há margem para que a greve anunciada seja desconvocada na medida em que existe o "reatar de relações entre ambas as partes", e "passo a passo, tudo é possível". Naquilo que diz respeito aos aeroportos de Lisboa e Faro, o responsável usou-os como exemplo de situações onde não é possível chegar a acordo sobre os níveis de combustível "suficientes".
Assim, fica decidido que, durante a semana, os motoristas trabalharão oito horas diariamente sem serviços mínimos. Naquilo que diz respeito aos fins de semana e feriados, a decisão caberá ao Governo. Mas, sublinhe-se, o sindicato – que entregou um novo pré-aviso de greve para o período compreendido entre os dias 7 e 22 de setembro – mantém em aberto a possibilidade de desconvocar a greve.