Pela primeira vez, o presidente do PSD assumiu de forma clara a posição do partido, depois das eleições. Rui Rio afastou a possibilidade de formar qualquer tipo de coligação com o PS e avisou que, no próximo mandato, caso os sociais democratas estejam na oposição, o partido só vai estar disponível para fazer acordos que permitam avançar com reformas estruturais que “ponham o país à frente”. É o caso da descentralização, que nesta legislatura levou o PSD e PS a assinar um acordo de compromisso.
A posição assumida por Rui Rio, durante a entrevista à TVI/TVI24, foi bem acolhida entre os militantes que ao i consideraram a prestação do presidente do PSD “serena e bem pensada”.
Além disso, caso o PSS fique na oposição depois da ida às urnas, Rui Rio deixou o aviso ao PS que não vai viabilizar um governo minoritário que seja negociado “orçamento a orçamento”. Cenário que o presidente do PSD diz “não ter pernas para andar”, recordando o episódio do queijo Limiano. “Não tenho esse perfil e não acho interesse nisso”, frisou Rui Rio durante a entrevista.
Só fica se for “útil” Sobre o seu futuro no partido, Rui Rio disse não estar “minimamente preocupado” avisando que só ficará aos comandos do PSD se se “sentir útil ao país”, garantindo que não está “agarrado” ao cargo. Rui Rio aproveitou ainda para sublinhar que ser líder da oposição é um cargo com “custos pessoais e profissionais”.
Assumindo que o objetivo “é ganhar as eleições” o presidente do PSD diz que fará “o melhor” que sabe e que pode “com as circunstâncias” que tem.
Sobre o afastamento de críticos internos, o presidente do PSD recusa o cenário de limpeza e diz que “entraram na lista pessoas que estiveram contra” a sua liderança “desde sempre”. Para Rui Rio a polémica que se gerou à volta das listas de candidatos resultou da muita atenção dada pela comunicação social a “dois ou três críticos”.
Durante a entrevista Rui Rio disse ainda estar “contente” com o pedido de António Capucho para regressar à militância do PSD, considerando que o apoio que o antigo autarca de Cascais deu a António Costa, em 2015, “não pode anular uma vida inteira de dedicação ao partido”.