A Comissão Permanente da Assembleia da República aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, várias deslocações do Presidente da República, em setembro e em outubro, uma delas a Roma, no fim de semana das eleições legislativas.
Marcelo Rebelo de Sousa pediu “assentimento” à Assembleia da República para viajar até Itália, para marcar presença na cerimónia do cardinalato de José Tolentino de Mendonça, a 5 de outubro, data em que se assinala a Implantação da República, e que este ano constituí o dia de reflexão, por ser véspera da ida dos portugueses às urnas.
Apesar de a autorização, conhecida hoje, permitir a deslocação a Roma entre 4 e 6 de outubro, o Palácio de Belém já veio esclarecer que Marcelo Rebelo de Sousa irá comemorar em Portugal o Dia da Implantação da República, "com a discrição" própria de um dia de reflexão eleitoral, e vota para as legislativas no dia seguinte em Celorico de Basto (Braga), independentemente da presença na cerimónia de investidura de Tolentino Mendonça como cardeal.
O Presidente requereu também autorização da Assembleia da República para se deslocar aos Estados Unidos da América, nos dias 22 a 27 de setembro, a fim de participar na 74.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, que decorre em Nova Iorque.
Marcelo foi também autorizado a deslocar-se à Grécia entre 10 e 11 de outubro para participar na 15.ª Reunião de Chefes de Estado do "Grupo de Arraiolos", que terá lugar em Atenas.
Sublinhe-se que a Constituição determina que o chefe de Estado peça autorização ao Parlamento sempre que sai de território nacional.