A Federação Nacional de Professores (Fenprof) entregou ontem quatro propostas ao Ministério da Educação “sobre matérias que, para os professores, são absolutamente importantes, mas que o ministro da Educação, na reunião no dia 22 de janeiro, não demonstrou qualquer tipo de abertura para resolver”, disse Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof.
Em cima da mesa estão questões relacionadas com a carreira docente, os horários de trabalho, os concursos e a aposentação. “A lei prevê que, depois da apresentação por uma das partes de propostas fundamentadas, tenha de haver uma calendarização das reuniões”, acrescentou Mário Nogueira, admitindo que a apresentação das quatro propostas é uma forma de pressionar o Governo para iniciar as negociações com os professores. “Fica a bola do lado de lá”, disse o sindicalista.
Mário Nogueira tem vindo a acusar Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, de inércia no tratamento das questões dos docentes e, já na semana passada, depois de António Costa ter saído pelas traseira do Cineteatro de Bragança, evitando Mário Nogueira e outros manifestantes, o representante da Fenprof fez questão de sublinhar: “Provou-se aqui que o ministro da Educação está bem neste Governo, que é um Governo que desrespeita os professores”.