Neném. O adeus do filho do anjo

Um dos 14 filhos de Garrincha, Manoel Castilho, tentou a sorte no Belenenses. Passou pelo Fafe e acabou por morrer em Portugal.

Vinicius de Moraes escreveu sobre ele um poema magnífico de ternura: «A um passe de Didi, Garrincha avança/Colado o couro aos pés, o olhar atento/Dribla um, dribla dois, depois descansa/Como a medir o lance do momento./Vem-lhe o pressentimento; ele se lança/Mais rápido que o próprio pensamento/Dribla mais um, mais dois; a bola trança/Feliz, entre seus pés – um pé-de-vento!/Num só transporte a multidão contrita/Em ato de morte se levanta e grita/Seu uníssono canto de esperança./Garrincha, o anjo, escuta e atende: Goooool!/É pura imagem: um G que chuta um o/Dentro da meta, um 1. É pura dança!».

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