O primeiro-ministro, António Costa, assumiu "falha de comunicação interna" sobre Novo Banco, mas garantiu que "já está tudo esclarecido", não revelando, no entanto, numa entrevista à TSF, se Mário Centeno pediu ou não a demissão do cargo como ministro das Finanças.
Para Costa, o assunto está encerrado e falar mais sobre ele “não tem utilidade para o país". Fez ainda questão de sublinhar que não disse “nada de que não tivesse consciência".
"Todos os governos têm a sua dinâmica" e as "pessoas têm a sua vida", afirmou o primeiro-ministro não adiantando saídas do Executivo, mas sublinhando que "ninguém está eternamente no Governo".
Ao mesmo tempo, frisou que "s portugueses têm boas razões para estarem gratos a Mário Centeno".
Questionado sobre o cargo de governador do Banco de Portugal, Costa disse que há ainda tempo para escolher um eventual sucessor de Carlos Costa e que não anunciará qualquer decisão sem consultar os partidos, as instituições e o Presidente da República.
"Terei de falar com o senhor governador. Não falo com ele através da comunicação social. Estamos bastante longe da data. Atempadamente iremos conversar com ele", disse, fazendo questão de lembrar que o anterior primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, lhe ligou "às 7h da manhã para transmitir quem era o governador" e que, após a oposição do PS à escolha, "disse que era uma decisão do governo e estava simplesmente a informar-me"
Sobre o assunto, o primeiro-ministro adiantou ainda que não está afastada a recondução de Carlos Costa no cargo. Mas só "se for necessário", acrescentou.