O PCP defendeu este sábado que têm que existir no Orçamento Suplementar respostas de curto prazo para a "espiral de pobreza" causada pela crise pandémica. O líder comunista considerou "fundamental" a existência destas respostas, que visem "superar as insuficientes medidas que estão contidas no seu Programa de Estabilidade Económica e Social recentemente aprovado".
Segundo o secretário-geral do PCP, o programa apresentado pelo Governo ficou "ficou muito aquém na resposta a problemas económicos e sociais prementes, nomeadamente em relação à defesa dos salários e do emprego e na resposta aos muitos que ficaram sem qualquer meio de subsistência e que todos os dias aumentam a preocupante bolsa de pobreza existente".
Sublinhando que não bastava enfrentar a pobreza a "com amortecedores sociais, assentes no assistencialismo", Jerónimo de Sousa afirmou que era necessários criar "alavancas" que permitam a todas as pessoas que "se encontram nessa situação libertar-se desse atentado aos seus direitos fundamentais". A criação de uma prestação social de apoio extraordinário no valor de 438 euros foi a medida essencial a tomar apontada pelo líder comunista.
"São muitos milhares que se juntam aos que não têm qualquer perspetiva de saída para a espiral de pobreza em que se têm mantido", disse, referindo-se aos trabalhadores que ficaram desempregados ou tiveram cortes nos salários e aos pequenos empresários que viram a sua atividade suspensa ou limitada.