O recado está dado. O presidente do PS, Carlos César, decidiu esta semana explicar que o primeiro-ministro, não só tem condições para (se quiser) tentar mais uma mandato chefe de Governo, como avisou os seus potenciais sucessores de que vão ter de esperar sentados pela sua vez. E fê-lo numa entrevista à Rádio Renascença e ao Público.
A pergunta era sobre Fernando Medina, atual autarca de Lisboa e Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas. «Eu não sei se algum deles trabalha para isso com esse tom frenético com que nos questionam sobre isso» começou por afirmar César. Porém, se o estão a fazer , «estão a trabalhar cedo de mais, ou estão a perder o seu tempo». E questionado se devem esperar sentados, a declaração foi curta e clara: «Algum tempo sim». Recorde-se que, dentro do PS, há muito que se fala de possíveis sucessores de António Costa, mas sempre numa perspetiva de longo prazo. É neste quadro (e só neste quadro) que surgem dois nomes de diferentes sensibilidades no PS: Pedro Nuno Santos e Fernando Medina, que foi número dois de Costa na Câmara de Lisboa até o então autarca decidir concorrer à liderança do PS, em 2014. Medina subiu a presidente e concorreu já como cabeça de lista nas eleições de 2017.