As reações à acusação do caso GES

Da esquerda à direita houve várias reações.

O presidente do PSD, Rui Rio, usou o Twitter para reagir à acusação: ”Em linha com o habitual nível de eficácia, só a acusação demorou seis anos. Agora, o caso passa para os tribunais. De incidente em incidente e de recurso em recurso, quantos anos mais teremos de esperar para ser feita justiça no maior crime financeiro da nossa História?”, atirou o líder social-democrata.

Em entrevista à TVI, Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, considerou que “o caso BES não é o problema de um administrador ou de uma empresa. São as maiores empresas do país. Isto é o regime”. Mais, “O BES era o banco do regime. Quantas campanhas terá financiado o BES? Conhecemos a de Cavaco Silva. Mas quantas campanhas foram financiadas pelo BES e outras empresas através destes esquemas?”, argumentou a parlamentar que se destacou na comissão de inquérito ao caso BES no Parlamento. À RTP3 realçou, aliás, o papel dessa mesma comissão de inquérito.

Por seu turno, Duarte Alves, do PCP, falou a partir da sede do PCP para admitir inclusive um novo inquérito, face à “ continuação do buraco sem fundo”. Para os comunistas este processo “não apaga responsabilidades políticas tanto do governo PSD/CDS e por outro lado das responsabilidades do Governo do PS”, aludindo ao processo de venda do Novo Banco.

Os centristas, pela voz de Cecília Meireles, pediu celeridade no caso: “Demorámos seis anos a chegar aqui, espero que não demoremos seis anos a chegar a um julgamento, porque era importante que a justiça fosse mais rápida”.

Já André Silva, porta-voz do PAN realçou a dedução da acusação, mas não deixou de assinalar a morosidade da justiça: “Não é possível haver uma verdadeira justiça quando estamos perante estes tempos, esta demora”, defendeu em conferência de imprensa.