por Daniela Soares Ferreira e Sónia Peres Pinto
A apresentadora Cristina Ferreira está de regresso à TVI. O acordo já foi fechado com a Media Capital e prevê que a apresentadora fique com uma participação no capital social da empresa. Este regresso ocorre quase dois anos depois da saída do canal de Queluz. «Cristina Ferreira regressa à TVI como diretora de entretenimento e ficção, tendo já manifestado a sua intenção de compra de participação na Media Capital, com o intuito de vir a tornar-se também acionista do canal televisivo. O regresso de Cristina à casa de origem acontece dois anos depois da sua saída, prevendo-se o início de funções a 1 de setembro de 2020», revelou a Media Capital em comunicado divulgado poucos minutos depois do SOL ter dado a notícia, em primeira mão, na sua edição online.
Sobre esta mudança, a apresentadora disse ainda: «Trata-se de um regresso à casa mãe, com funções distintas e um projeto ambicioso ao qual era impossível dizer que não. É uma escolha conduzida pelo afeto com a firme vontade de contribuir para recolocar a TVI no coração de todos os portugueses».
O SOL sabe que a notícia caiu que nem uma bomba na SIC, cujo estado-maior reuniu de emergência nesta sexta-feira.
Francisco Pinto Balsemão recusou-se igualar a oferta da Media Capital e assumir os riscos.
Um dos efeitos dados como certos será a queda de audiências da SIC_e a subida da TVI, uma vez que, desde que Cristina Ferreira entrou no canal de Paço de Arcos, este passou a ser líder de audiências e o canal de Queluz sofreu forte penalização. Uma situação que já não acontecia há quase 16 anos. A SIC terminou o ano de 2019 com um share médio de 19,2%, sagrando-se líder das audiências televisivas em Portugal, uma quota que compara com os 15,6% da concorrente TVI e os 12,5% da RTP 1. Esse foi o ano de viragem para o grupo liderado por Pinto Balsemão e os valores continuaram a subir este ano. A título de exemplo, o programa de Cristina Ferreira ultrapassou, esta semana, um milhão de espetadores. A mudança começou a ser mais notada principalmente desde que a apresentadora da Malveira apresentou, pela primeira vez, a gala dos Globos de Ouro. Nessa altura, a gala conseguiu alcançar a maior audiência dos últimos 15 anos.
Quando Cristina Ferreira decidiu deixar a TVI – em troco de um milhão de euros por ano – a estação sofreu uma queda que nunca mais conseguiu recuperar. Agora volta a revolucionar o mercado televisivo.
A SIC já reagiu a esta mudança, lembrando que o contrato com a apresentadora só termina a 30 de novembro de 2020. «A SIC lamenta a decisão abrupta e surpreendente, mas apesar da desilusão, quer agradecer o trabalho de Cristina Ferreira desenvolvido ao longo deste curto mas intenso período, no seio de uma equipa vencedora, que continuará a empenhar o seu talento e profissionalismo para merecer a confiança do público», disse em comunicado.
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