O Presidente da República disse, esta quarta-feira, que esperava que o Orçamento de Estado para 2021 fosse viabilizado à esquerda, ou seja pelos “parceiros” que aprovaram na última legislatura sucessivos orçamentos. Marcelo Rebelo de Sousa parece, assim, rejeitar a ideia de um bloco central como solução.
“Aquilo que é desejável é que haja orçamento, é mesmo muito importante, e penso que o que é natural é que seja viabilizado à esquerda e não por outra solução, até porque, como sabem a minha posição em matéria de bloco central é de considerar que o bloco central não é uma solução duradoura, nem é uma boa solução para o equilíbrio do sistema político português”, disse o chefe de Estado, à margem de uma visita à Torre dos Clérigos, no Porto.
Marcelo defende que deve haver uma solução de esquerda e uma alternativa de direita para evitar radicalismos e extremismos.
“É isso que é natural, é isso que o governo tem dito, é isso que resulta também do líder da oposição, portanto, espero que isso aconteça e tenhamos orçamento para entrar em vigor a partir de 1 de janeiro de 2021”, sublinhou.
O presidente insistiu que é mesmo “muito importante” que o Orçamento não seja confrontado com uma “inviabilidade”, porque “tem de passar”.
Recorde-se que a votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2021, que entrará no parlamento em 12 de outubro, foi, esta quarta-feira, marcada para 28 desse mês e a votação final global para 27 de novembro.