As cerimónias do 5 de outubro foram condicionadas, quer pelas restrições sanitárias, quer pelo facto de um dos conselheiros de Estado de Marcelo Rebelo de Sousa ter testado positivo à covid-19. Tanto o primeiro-ministro, como o Presidente da Republica, como Ferro Rodrigues, foram testados e os resultados chegaram a tempo de se manter as cerimónias. Ao contrário do presidente do Tribunal Constitucional.
A cerimónia no salão nobre da Câmara de Lisboa só tiveram catorze presenças , com cadeiras devidamente separadas e uso de máscara.
No seu discurso, o Presidente da República considerou que este 5 de outubro, que assinala 110 anos da implantação da República, é " dos mais difíceis e exigentes, senão o mais sofrido de 46 anos de democracia". Por isso, apelou à resistência dos portugueses: "Temos que continuar a resistir na vida de na saúde".
Mais, Marcelo Rebelo de Sousa enalteceu os valores da liberdade, democracia e ética republicana nestes tempos díficeis: "Temos de continuar a agir em liberdade e vamos continuar a agir em liberdade porque não queremos ditaduras em Portugal".
Ninguém sabe quando terminará a pandemia da covid-19 e a recuperação económica do país levará anos. Por isso, Marcelo Rebelo de Sousa deixou um aviso à navegação que bem pode servir ao momento político atual, a escassos oito dias da entrega da proposta do Orçamento do Estado para 2021 no Parlamento. Para o chefe de Estado "os portugueses têm de continuar resistir, a prevenir, a cuidar, a renovar, a agir em liberdade, a saber compatibilizar a diversidade com a convergência no essencial, a sobrepor o interesse coletivo aos meros interesses individuais“.
A cerimónia começou pelas 10h30 em ponto, com içar da bandeira nacional e o hino nacional e terminou às 10h56.