PSD de acordo com renovação do Estado de Emergência mas contra realização do congresso do PCP

“Não entendemos que fechem supermercados e restaurantes, que se obrigue as famílias a estar em casa e que depois se realizem congressos”, defende o PSD.

PSD de acordo com renovação do Estado de Emergência mas contra realização do congresso do PCP

O PSD está disponível para aprovar uma eventual renovação do estado de emergência, de forma a que possam ser adotadas medidas excecionais no âmbito da pandemia de covid-19, revelou o vice-presidente social-democrata Nuno Morais Sarmento, no Palácio de Belém, em Lisboa, após a audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Morais Sarmento disse aos jornalistas que "o PSD está de acordo, não obstaculiza que esse quadro legal excecional se mantenha". No entanto, deixa um aviso ao Governo de que “excessivas diferenciações ou cores ou classificações" a existirem poderão deixar os portugueses "mais confundidos do que agora estão".

"Estas decisões têm de ser iguais para todos", sublinhou, defendendo que não podem ser permitidas "realidades diferentes, que os portugueses já não entenderam no passado".

"Não entendemos que fechem supermercados e restaurantes, que se obrigue as famílias portuguesas a estar em casa e que depois se realizem, por exemplo, congressos partidários", acrescentou, referindo-se ao evento do PCP, que está marcado para 27, 28 e 29 deste mês, em Loures, no distrito de Lisboa.

O dirigente dos sociais-democratas deu mesmo o exemplo do seu partido, que decidiu adiar o congresso do PSD/Madeira, que estava também previsto para este mês.

"Não nos compete a nós mais do que referir como exemplo que as seguimos. Queremos, no entanto, deixar bem clara a nossa total discordância quanto à situações para todos os portugueses e exceções para alguns deles", frisou.

Questionado sobre o estado de emergência estabelece que "as reuniões dos órgãos estatutários dos partidos políticos, sindicatos e associações profissionais não serão em caso algum proibidas, dissolvidas ou submetidas a autorização prévia", Morais Sarmento lembrou que não está em causa "nenhuma proibição", mas "um exercício de bom senso".