O deputado único e líder do Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, foi o primeiro dos nove representantes de partidos políticos que irão reunir, esta quinta-feira, com Marcelo Rebelo de Sousa para discutir as medidas a aplicar nas próximas renovações do estado de emergência.
O partido – que votou contra a mais recente renovação deste Estado de Emergência – propôs o alívio e o “relaxamento” das medidas de limitação à circulação durante a janela de tempo em que as famílias portuguesas irão celebrar o Natal, entre 23 e 26 de dezembro. “Há 10 meses que as famílias têm tido restrições”, e portanto é “importante dar um sinal aos portugueses que, depois de um ano tão difícil, celebrar o Natal, que não será um Natal normal, mas um Natal possível, é algo importante”.
A objeção do partido ao Estado de Emergência, relembrou Cotrim Figueiredo, foi justificada pelo facto de “os poderes dados pelos decretos presidenciais são demasiado vastos para um Governo que não fundamenta as suas decisões, e que quando fundamenta, fundamenta mal”. A título de exemplo, o líder liberal referiu “os horários de abertura do setor da restauração, que tanto dano lhe têm causado”.
Cotrim Figueiredo referiu que pediu ao Presidente que "ao mesmo tempo que se aplicam as medidas, se acautele a recuperação" social e económica do país, tendo como primeiro ponto o plano de vacinação que para o líder liberal, "segundo o que já veio a público, não indica nada de bom". "Já se estão a fazer cálculos em relação a quem pode e não pode vir a vacinar os portugueses, e a restringir as entidades que o poderão fazer ao SNS", sublinhou, aproveitando para referir que as vacinas "não poderão ficar dependentes de ser administradas só pelo SNS".