O último debate desta noite, transmitido pela RTP3, colocou frente a frente os candidatos Tiago Mayan Gonçalves, do Iniciativa Liberal, e Vitorino Silva (conhecido por Tino de Rans), do RIR – Reagir, Incluir e Reciclar.
O tema da pandemia foi, sem surpresa, o que marcou o debate entre os dois candidatos a Belém, nomeadamente a possibilidade de estar iminente um confinamento geral, por decisão do Governo.
“Temos de começar a olhar em concreto para os grupos mais vulneráveis e ter uma resposta robusta. Já sabemos que esta doença não afeta todas as pessoas da mesma forma. Estamos a tomar medidas cegas e avulsas”, defende Mayan, que disse que “o país não aguenta um novo confinamento generalizado".
Na continuação das suas críticas da gestão da pandemia do Executivo, o candidato do Iniciativa Liberal chegou mesmo a questionar se “não terá sido a decisão do Governo de concentrar as pessoas em determinados horários que contribuiu para o aumento do número de casos?”.
Mas as críticas de Mayan não ficaram por aqui, o candidato acusou ainda o Governo de não ter colocado em prática as respostas económicas à pandemia. “As empresas ainda não receberam os supostos apoios que o Governo anda a anunciar”, afirmou.
Já Vitorino Silva mostrou-se recetivo ao confinamento e sublinha que “para o país fechar têm de fechar os políticos. Se o povo for para casa eu também vou para casa”. Por outro lado, frisa que se for para parar é preciso “parar todos ao mesmo tempo”, que “foi o que não aconteceu em março”.
Tino de Rans fez ainda questão de lembrar que já tinha alertado Marcelo Rebelo de Sousa, numa audiência em Belém a 7 de outubro, para o facto de as eleições decorrem numa altura em que já se esperava uma situação grave relativamente à pandemia. Tino de Rans disse-se preocupado com a votação dos idosos.
O tema do SNS também esteve em cima da mesa, gerando mais críticas de Mayan, que insistiu que o Governo cometeu um erro ao não recorrer aos privados.