O Presidente da República vai presidir ao Conselho de Ministros do próximo dia 4 de março, a cinco dias de ser empossado para um novo mandato. O tema da reunião é exclusivamente dedicado às florestas e o convite partiu do primeiro-ministro, António Costa.
Objetivo? «Com esta iniciativa pretende-se realçar as boas relações entre os dois órgãos de soberania e o espírito de cooperação institucional que existe entre ambos», defende o gabinete do chefe do Executivo em nota oficial. Costa recorda, contudo, que o convite segue a tradição do passado. Tal como há cinco anos convidou Cavaco Silva para presidir a um Conselho de Ministros dedicado aos assuntos do Mar, agora é a vez de Marcelo: «Este convite é semelhante ao dirigido ao anterior Presidente da República, Professor Cavaco Silva, que há cinco anos também presidiu ao último Conselho de Ministros durante a vigência do seu mandato, na ocasião dedicado aos assuntos do Mar», recorda-se no mesmo comunicado.
De realçar que o tema das florestas mereceu vários avisos de Marcelo ao Governo no seu primeiro mandato, com particular enfoque depois dos incêndios e da tragédia de Pedrógão Grande. Em 2018, o chefe de Estado considerou mesmo ser uma «causa nacional» a limpeza das florestas. «É uma causa nacional e esta proximidade da floresta e da importância da floresta é um salto qualitativo importante na nossa sociedade», frisava Marcelo Rebelo de Sousa em março de 2018, dois anos antes da chegada da pandemia da covid-19. À época, o chefe de Estado envolveu-se numa campanha nacional em defesa da floresta, e da sua limpeza numa ação concertada com o Governo, um pouco por todo o país. Nessa altura, Marcelo exortou o Parlamento também a avançar com medidas (que apoiaria) «sem angústias, sem dúvidas e sem hesitações metafísicas».