Homens armados, montados em motos, atacaram uma escola primária na aldeia de Rama, no estado nigeriano de Kaduna, quando as crianças estavam a chegar para as aulas da manhã, na segunda-feira, avançou a BBC. Desde dezembro mais de 800 alunos foram raptados no norte da Nigéria – contudo, é a primeira vez que são visadas crianças tão novas.
Para já, não se sabe exatamente quantas crianças foram raptadas, mas tropas nigerianas, junto com milícias locais e habitantes desesperados, estão a dar caça aos raptores. Nos últimos raptos, os alunos acabaram por ser devolvidos a troco de resgates. As autoridades acusam “bandidos” da onda de crime – um termo vago para descrever os muitos criminosos e grupos armados ativos na região, incluindo as várias fações do Boko Haram, um grupo jiadista que se tornou conhecido por raptar centenas de raparigas em escolas.
O próprio Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, tem criticado governadores por acederem aos pedidos de resgate – algo que pode ter salvo muitas vidas, mas incentiva o crime, acusou. “Governadores têm de rever a política de recompensar bandidos com dinheiro e veículos”, tweetou, apelando a que sejam “proativos a melhorar a segurança”.