O Conselho das Finanças Públicas (CFP) prevê um crescimento de apenas 3,3% para o produto interno bruto (PIB) este ano. Este valor representa uma revisão em baixa face às expectativas de setembro e é também mais pessimista do que o número apontado pelo Banco de Portugal, ainda no final da semana passada de 3,9%.
Em causa está à terceira vaga de covid-19, e as medidas de confinamento aplicadas em janeiro e fevereiro – e que só agora começaram a ser revertidas – no entanto, a instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral está à espera de uma contração «de dimensão significativa» nos primeiros três meses do ano, tanto em comparação com a atividade do período homólogo, como do último trimestre de 2020.
Quanto à taxa de emprego deverá aumentar para 8,3% da população ativa, enquanto o valor do défice orçamental continuará abaixo da projeção inicial feita pelo Governo. Ainda assim, o relatório alertou que, num cenário em que os encargos com os apoios da TAP atingem o máximo previsto, o défice pode agravar-se este ano para 4,5%, face às previsões base do organismo, de 4,1%.