O primeiro-ministro sublinhou, esta terça-feira, que a TAP é essencial para as relações entre a Europa e a América Latina.
"Estamos a fazer um esforço imenso para proteger a nossa companhia aérea, a TAP, que é a ponte de ligação entre o Brasil e a Europa. A manutenção da TAP é essencial para que depois da crise [da Covid-19] haja um crescimento mais forte das relações a todos os níveis entre a Europa e o espaço Ibero-Americano", afirmou António Costa, no Fórum Empresarial Ibero-Americano, em Andorra-a-Velha, que antecede a cimeira de chefes de Estado e de Governo dos 22 países desta organização.
Na sua intervenção inicial na cimeira, o primeiro-ministro português destacou também um dos principais momentos da presidência portuguesa do Conselho Europeu no primeiro semestre deste ano.
"Em junho, vamos também concluir a instalação do primeiro cabo de fibra ótica entre a América Latina e a Europa. Será uma ligação em Fortaleza (Brasil) e Sines (em Portugal)", adiantou, acrescentando que "esta ligação cabo de fibra ótica entre a Europa e a América Latina é a chave para o desenvolvimento conjunto da economia do futuro – uma economia que será seguramente uma economia baseada no digital". Para António Costa, "é fundamental reforçar a conectividade entre os dois lados do Atlântico".
Sobre as prioridades nas relações ibero-americanas, Costa elencou três: a conclusão do acordo de amizade com o Chile, o acordo comercial com o México e o avanço das negociações da União Europeia com o Mercosul.
"Sabemos que este último tema é o mais difícil, mas é também o mais promissor. Um acordo entre a União Europeia e o Mercosul será o maior acordo económico e comercial à escala global", sublinhou o líder do Governo português.
De acordo com o primeiro-ministro, a presidência portuguesa "está a insistir na necessidade de se fechar agora o acordo complementar – que está muito avançado – sobre clima, desflorestação, tendo em vista possibilitar a aprovação de um acordo geral pelo Conselho e Parlamento Europeu".
Costa também não deixou o tema da pandemia de fora da sua intervenção, relembrando a “prioridade da presidência portuguesa em relação à vacinação contra a covid-19, não apenas na Europa, mas também nos continentes africano e América Latina".