O presidente do Chega, André Ventura, revelou, este sábado, que irá ser presente a tribunal no próximo dia 10 de maio para responder a um processo movido por sete pessoas de uma família do bairro da Jamaica a quem chamou “bandidos”.
Em causa está o facto de o líder de extrema-direita ter dito, durante um debate televisivo para as eleições presidenciais, que Marcelo Rebelo de Sousa preferiu estar com os “bandidos” do que visitar os polícias envolvidos num conflito no Bairro da Jamaica. Durante o debate, Ventura fundamentou a sua ideia com uma fotografia do Presidente da República com a família em questão.
"Quero manifestar a minha estranheza enorme por nunca ter sido contactado em relação a este processo, soube hoje também que o parlamento não foi contactado em relação a este processo e aparentemente está marcada uma audiência de julgamento para dia 10 de maio", afirmou aos jornalistas, à margem de uma convenção do partido em Bragança.
O líder do Chega disse ainda "a rapidez com que tudo isto aconteceu e que certamente os portugueses estranharão que outros fiquem sete anos, e oito e nove à espera de decisões, e aparentemente os do André Ventura e do Chega são rapidíssimos". No entanto, revela que “não fugirá à Justiça”. “O que eu disse mantenho exatamente nos mesmos termos, não vou voltar atrás", sublinhou.
"Estranho o momento, estranho a rapidez, estranho a velocidade com que todo este processo foi feito, não fugirei, estarei lá, enfrentarei a justiça a defender que nós não somos racistas, a defender que o que disse foi que o presidente da República tinha preferido estar com bandidos e um deles tinha sido noticiado como bandido e não foi visitar os polícias que foram agredidos, mantenho exatamente aquilo que disse", reiterou.