Fernando Medina foi ontem à Estufa Fria apresentar a sua candidatura à Presidência da Câmara de Lisboa. O lema será “Mais Lisboa” e o logótipo traz as cores da bandeira portuguesa. A cerimónia começou pelas 18h00 e ficou marcada pela curta assistência, fruto das condições sanitárias impostas pela pandemia. De forma a colmatar isso – e talvez ainda a sinalizar a digitalização tão defendida por António Costa –, o fundo do palco onde se discursou exibia os apoiantes de que assistiam à apresentação via Zoom.
A candidatura ficou marcada pela promessa de tornar as creches gratuitas. Medina explicou que se tratará da “mais importante política de apoio aos rendimentos das jovens famílias, um poderoso incentivo à natalidade e à fixação de jovens em Lisboa”, o que pretende fazer através da “redução progressiva dos valores pagos pelas famílias com creches”. Note-se, contudo, que a promessa não é nova nestas eleições: o candidato liberal à Câmara de Sintra, Paulo Carmona, já o havia feito.
Medina avançou ainda outras medidas, como a criação de espaços verdes, o combate à poluição, o fortalecimento dos transportes públicos e das ciclovias, e a habitação a preços acessíveis – “para nós, a habitação é um direito, viver em Lisboa é um direito”, afirmou.
De salientar ainda a farpa deixada por Costa ao PSD. Abrindo a cerimónia, o primeiro-ministro assegurou que, “ao contrário de outras”, a atual recandidatura não serve “para a preservação do líder do PS por interposta pessoa”, pois este “está, felizmente, de boa saúde”.
Minutos depois da apresentação de Medina, Carlos Moedas anunciou contar com o apoio de Henrique Neto, histórico socialista que recentemente deixou o partido devido à sua “inércia na luta contra a corrupção”.