Num comunicado enviado à imprensa, o Chega informa que, para as próximas eleições autárquicas, o partido concorrerá “em cerca de 220 municípios do país” e terá um “orçamento global de cerca de 1.200.000 euros para o efeito”. Este orçamento, sublinha o comunicado, trata-se apenas de “uma estimativa nos termos da legislação eleitoral em vigor”, devendo-se o “valor substancialmente elevado” ao “número muito significativo de candidaturas em todo o território nacional, continente e regiões autónomas”.
Tendo já entregado o orçamento para estas eleições junto das entidades competentes, o partido afirma que, “no rescaldo das eleições e logo que estejam apurados todos os elementos”, divulgará quais os gastos “exatos” decorrentes da pré campanha e campanha eleitoral. Tal será feito, explicam, “em nome da transparência que deve nortear a ação dos partidos”.
Todos os candidatos autárquicos deverão apresentar publicamente o seu orçamento de campanha. Segundo o site da Comissão Nacional de Eleições, só poderão ser atribuídas subvenções públicas na condição da candidatura – que pode ser feita através de partidos, coligações de partidos e grupos de cidadãos eleitores – concorrer simultaneamente para a Câmara e para a Assembleia Municipal. Para recebê-las, devem obter nesses órgãos municipais “representação de pelo menos um elemento diretamente eleito ou, no mínimo, 2% dos votos em cada sufrágio”.
Recorde-se que nas últimas eleições – as Presidenciais -, André Ventura foi o candidato que recebeu a subvenção mais alta, não obstante o seu terceiro lugar. Segundo os dados da secretaria-geral da Assembleia da República, Ventura terá recebido uma subvenção pública de 146 072 euros. Já Ana Gomes, segunda classificada, terá recebido 132 434 euros e, por fim, Marcelo Rebelo de Sousa – vencedor por larga margem – gastou apenas 23 826 euros ao Estado.