Dinheiro, dinheiro e mais dinheiro. É o motor que faz mover o mundo e nas eleições autárquicas é a força motriz das campanhas de Norte a Sul do país. As contas feitas com os dados publicados na Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) dão um total de uma despesa prevista de 31 milhões de euros para as campanhas eleitorais que vão decorrer em todo o país, com as eleições autárquicas de 26 de setembro em vista.
O mais gastador será o PS, que será concorrente individual em 289 concelhos do país e estima gastar nestas candidaturas um total de 10,13 milhões de euros, aos quais é preciso ainda acrescentar 1,3 milhões em despesas comuns e centrais da campanha. A mais cara campanha do PS será a de Tiago Barbosa Ribeiro, no Porto (167 mil euros).
Já nos locais onde o PS concorre em coligação – como é o caso de Lisboa, onde Fernando Medina se aliou ao Livre – as despesas sobem aos 728 mil euros, dos quais 236 mil serão para a campanha em Lisboa.
O PSD, por sua vez, que concorre sozinho a 153 câmaras, prevê gastos nas suas campanhas que cheguem aos 4,64 milhões de euros, aos quais acrescem 75 mil euros para despesas comuns e centrais da campanha. Tal como no caso do PS, a cidade do Porto surge no topo das campanhas mais caras, onde a corrida autárquica de Vladimiro Feliz custará aos cofres laranjas 200 mil euros. Os social-democratas concorrem, pelo país todo, num total de 146 coligações partidárias, que deverão custar perto de 5,14 milhões de euros em campanhas. Entre elas, a candidatura de Carlos Moedas à autarquia lisboeta, junto do CDS-PP, o Aliança, o Partido da Terra e o Partido Popular Monárquico, o PSD prevê gastar 300 mil euros.
É preciso ainda realçar que a CDU, que reúne PCP e PEV, é ‘rainha’ nas despesas das coligações, num gasto previsto de 5,39 milhões de euros.