Paulo Rangel, candidato à liderança do PSD, afirmou, esta sexta-feira, que as posições de Rui Rio em relação à data das eleições diretas do partido são “incompreensíveis”.
"O dr. Rui Rio teve três posições num mês. Isto não oferece nem estabilidade nem credibilidade ao partido", disse, em entrevista à SIC.
Rangel lembrou que o líder dos sociais-democratas queria as eleições “o mais depressa possível”, depois considerou que deviam ser adiadas e mais recentemente, na quinta-feira, defendeu que o partido estava a considerar reduzir os prazos. Contudo, o eurodeputado afirmou que não se irá opor a qualquer antecipação, desde que seja possível juridicamente.
"Se as diretas forem a 4 de dezembro e o Congresso entre 17 e 19 de dezembro é perfeitamente possível cumprir os prazos das legislativas. Estou aqui para trabalhar com qualquer prazo", assegurou.
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Paulo Rangel sublinhou ainda que o seu “foco” são os portugueses e que o seu adversário deixou de ser Rui Rio e é agora António Costa e o Partido Socialista.
"Eu não estou aqui a debater pequenos remoques com o dr. Rui Rio. Eu não ando no Twitter a atacar ninguém", rematou. “Neste momento, o foco são os portugueses”, considerando que um voto no PS “é inútil”. “O voto no PS é hoje um voto inútil porque a solução da Geringonça se esgotou. Não é só um voto inútil como é um voto injusto”, frisou.
Na sua ótica, o estado atual das urgências dos hospitais, a educação e os transportes no país são “resultado de seis anos de política de António Costa com a sua Geringonça e de seis anos de irresponsabilidade do Partido Socialista”, defendendo que, caso seja eleito líder do PSD, irá “construir uma alternativa que dê esperança aos portugueses”.
Sobre viabilizar um governo do PS minoritário ou aceitar apoio do partido, Rangel defende que irá “trabalhar para o PSD liderar uma maioria estável no Parlamento”.
“Há uma coisa que eu garanto aos militantes do PSD e aos portugueses: eu vou trabalhar para um cenário de uma maioria do PSD. Eu, se for líder do PSD, vou trabalhar para ser Primeiro-ministro. Eu vou trabalhar para o PSD liderar uma maioria estável no Parlamento”, disse.
"Sei que há outros que gostam de trabalhar em cenários, há pessoas que gostariam de ser vice-primeiros-ministros, eu quero ser primeiro-ministro", rematou.