A poucos dias das eleições diretas no PSD, Paulo Rangel – candidato à liderança do partido – e Carlos Moedas almoçaram juntos, em Lisboa. Além disso, de realçar ainda que Rangel admitiu hoje uma “sintonia de pontos de vista” com Moedas sobre os “tempos novos”. Quererá isto dizer que tem o seu apoio?
Em entrevista à Rádio Observador, Carlos Moedas rejeitou anunciar quem apoiava, contudo, afirmou ter “uma amizade de muitos ano com Paulo Rangel” e, ainda, “esperança num PSD mais dinâmico, que seja uma verdadeira alternativa ao PS”. Uma carapuça que terá servido a Rangel. Aos jornalistas, o eurodeputado disse só conceber o “PSD como alternativa ao PS”, pelo que, entre os dois, “há uma coincidência de pontos de vista”.
O almoço, aliás, surgiu na sequência da dita entrevista e, salvaguarda Rangel, não foi por si requisitado: “O almoço não foi feito a meu pedido, deixo a interpretação para quem a quiser fazer. Os senhores tirarão as conclusões”. Segundo Rangel, tratou-se de um almoço “dos amigos dos Novos Tempos [slogan da campanha de Moedas] ou dos tempos novos”, dando a entender uma união para os tempos – eventualmente novos – que se avizinham.