Il est l’heure. Chegou o tão esperado dia, que em 2020 não se pôde realizar, pela primeira vez na história, desde 1956, e que, finalmente, coroará um jogador de futebol com o prestigiado prémio da Bola de Ouro. 180 jornalistas internacionais elegeram, então, o feliz galardoado, que será revelado na cerimónia de entrega do prémio, a acontecer hoje, no teatro Teatro do Châtelet, em Paris, a partir das 19h (hora em Portugal).
Didier Drogba será o anfitrião da noite, onde estarão presentes as principais figuras do futebol internacional para galardoar o vencedor deste ano da Bola de Ouro, bem como da Bola de Ouro feminina, do troféu Kopa para melhor jovem jogador e o prémio Yashin para o melhor guarda-redes.
Messi à sétima Um dos grandes candidato a este prémio é, como não poderia deixar de ser, Lionel Messi. O argentino venceu o galardão em seis ocasiões diferentes (2009, 2010, 2011, 2012, 2015 e 2019), e perfila-se novamente como um dos candidatos ao prémio. Só em 2021, Messi levantou os troféus da Copa América, com a seleção nacional da Argentina, e da Taça do Rei espanhola, ainda com as cores do FC Barcelona. Agora, e depois de deixar o clube que o acolheu durante cerca de duas décadas, o internacional argentino representa as cores do PSG, contando quatro golos em 11 jogos ao serviço dos parisienses. Agora, o argentino procura a sétima Bola de Ouro, aos 34 anos de idade.
Lewandowski, agora sim Todos os prognósticos apontavam para Robert Lewandowski como o grande candidato à Bola de Ouro em 2020. O galardão acabou por não ser entregue nesse ano, devido à pandemia da covid-19, e portanto o polaco ficou sem prémio. Agora, no entanto, os holofotes voltam a estar sobre o jogador estrela do Bayern de Munique.
É que, só neste ano, conquistou o título na liga alemã, bem como o Mundial de Clubes da FIFA, e a Supertaça alemã, onde marcou dois dos três golos dos bávaros frente ao Borussia Dortmund.
Só nesta época 2021/22 da liga alemã, Lewandowski já conta 14 golos em 13 jogos, ao passo que, na Liga dos Campeões, assinou uns estonteantes nove golos em apenas cinco jogos.
Cristiano, candidato eterno Apesar de não estar a ter o melhor ano da sua carreira, Cristiano Ronaldo é, e sempre será, um farol no mundo do futebol internacional. Por isso mesmo, é parte inalienável da lista de candidatos à Bola de Ouro, prémio que conquistou um total de cinco vezes (2008, 2013, 2014, 2016, 2017).
Aos 36 anos, a carreira do internacional madeirense já vai longa, e o seu regresso ao Manchester United tem sido, no mínimo, atribulado. O craque ainda conseguiu salvar os red devils num par de situações, mas, de uma forma geral, a equipa de Old Trafford está a ter uma época aquém do expectável. E nem se fale da seleção nacional e da pesada derrota frente à Sérvia, na Luz, que empurrou Portugal para o play-off de acesso ao Mundial de 2022. Não está nada fácil para Cristiano Ronaldo poder jogar naquele que, muito provavelmente, seria o último Campeonato do Mundo da sua carreira, pelo menos como jogador principal.
Mas, Cristiano é Cristiano, e, por isso, nunca pode ser descartado da lista de candidatos a este prémio. Afinal de contas, quando ainda estava na Juventus, levantou os troféus da Taça italiana e da Supertaça do mesmo país. Falhou, no entanto, o objetivo de dar à Vecchia Signora mais um campeonato.
A vontade do português, no entanto, não parece ter caído, e o próprio Pascal Ferré, chefe de redação da France Football, admitiu esse detalhe. “A ambição de Ronaldo é retirar-se com mais Bolas de Ouro do que Messi. E eu sei disso porque ele próprio mo confessou”, revelou Pascal Ferré, antes de atirar: “É apenas um troféu. Mas ter um é ter um lugar na história.”
Recorde-se que, para além de Cristiano Ronaldo, a lista conta também com outros dois jogadores portugueses: Bruno Fernandes (Manchester United) e Rúben Dias (Manchester City).
Não só do topo se faz o bolo São vários os candidatos à Bola de Ouro, todos eles incluídos na crème de la crème, do melhor do melhor do futebol internacional. Em altos lugares nas probabilidades está também o ítalo-brasileiro Jorginho, que brilhou no Campeonato da Europa 2020, competição que os italianos acabariam por vencer. Para além do Euro, Jorginho ainda celebrou a conquista da Liga dos Campeões, com as cores do Chelsea, e da Supertaça da UEFA. Recorde-se, até, que foi eleito Melhor Jogador do Ano pelo próprio órgão que rege o futebol europeu.
No mesmo patamar está, no entanto, o seu colega de equipa, N’Golo Kanté. O francês esteve lado a lado com Jorginho na altura de conquistar a Liga dos Campeões e a Supertaça Europeia, e foi mesmo eleito melhor jogador da final da liga milionária, no Estádio do Dragão, frente ao Manchester City.
Os franceses, aliás, são presença assídua e forte nesta lista. Kylian Mbappé e Karim Benzema são também candidatos à Bola de Ouro, este último ainda num contexto polémico, após ter sido condenado a um ano de prisão com pena suspensa por ter, alegadamente, participado num esquema de chantagem a um colega de seleção.