“Ando a conviver com essas ameaças [diabos] há seis anos”, diz António Costa

“Já foi o diabo de virar a página da austeridade, já foi o diabo que não crescíamos, já foi o diabo da pandemia. Mas o diabo que vá para onde deve ir e eu estou cá para lutar contra todos os diabos. É assim que os tenho afugentado”, disse o primeiro-ministro.

Depois de Rui Rio ter acusado António Costa de nunca estar calado e assemelhar-se ao seu gato, Zé Albino, o líder socialista defendeu-se. À saída da Casa do Careto, em Podence, no concelho de Macedo de Cavaleiros, o primeiro-ministro não ficou em silêncio quando foi questionado sobre as comparações que haviam sido feitas.

"A última vez que vi numa foto o gato do doutor Rui Rio ele estava deprimido. E eu sou tudo menos uma pessoa deprimida. Sou uma pessoa alegre e não sou dado a depressões. Até sou acusado de ser otimista nas piores situações", explicou, adiantando que a experiência lhe diz que  "quanto maior é a aflição melhor é o otimismo". Com o presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues, que é medico de profissão, a seu lado, questionou: "O otimismo já fez mal a alguém?". "Não, o otimismo só faz bem", respondeu o autarca.

"É indiscutivelmente um gato bastante simpático, embora o doutor Rui Rio o tenha deprimido", continuou Costa. "Desejo as melhoras do Zé Albino, que rapidamente se reanime. E estou certo e confiante que com uma vitória do PS no próximo domingo o Zé Albino vai sentir-se menos só e o doutor Rui Rio vai ter mais tempo para estar em casa", indicou, explicando que, a partir da noite do próximo domingo, Rio "vai então poder brincar com o Zé Albino".

"E isso vai fazer muito bem ao Zé Albino. Já comigo, o meu cão e a minha cadela estão habituados às minhas ausências. Portanto, não se deprimem se me mantiver em funções como primeiro-ministro", acrescentou. Relativamente aos diabos que podem andar à solta em Podence, tendo em conta que se está a realizar o primeiro Carnaval na localidade após o surgimento do novo coronavírus, Costa foi assertivo: "Essa dos diabos não me assusta. Já ando a conviver com as ameaças do diabo há seis anos. Já foi o diabo de virar a página da austeridade, já foi o diabo que não crescíamos, já foi o diabo da pandemia. Mas o diabo que vá para onde deve ir e eu estou cá para lutar contra todos os diabos. É assim que os tenho afugentado".