Inês Sousa Real passa a única deputada do PAN

“É com muita tristeza que assumo este mandato sozinha, farão muita falta os outros deputados na Assembleia da República”, disse no seu discurso de derrota.

Mesmo à tangente, o PAN conseguiu manter-se no Parlamento. Mas, ao contrário dos resultados das últimas eleições, em que conseguiu eleger quatro deputados, desta vez só conseguiu a líder do partido, Inês Sousa Real. “É com muita tristeza que assumo este mandato sozinha, farão muita falta os outros deputados na Assembleia da República”, disse no seu discurso de derrota, lembrando, no entanto, que continua a ter assento no Parlamento e que vai levar para a frente as suas causas. “Não é um fim, é um recomeço”.

E deixou uma garantia: “Seja com uma deputada ou com um grupo parlamentar, continuaremos a trabalhar com o mesmo afinco. Na certeza que numa próxima eleição seremos muitos mais”. 

A porta-voz do partido que durante a campanha sempre se mostrou disponível para fazer acordos tanto com o PS, como o PSD – um cenário entretanto que não é necessário com a maioria absoluta socialista – diz que este resultado “é mau não só para o PAN, mas também para a democracia, porque não reflete o que temos feito ao longo dos últimos anos”, acrescentando ainda que “uma maioria absoluta não é saudável para o país e esperemos que o PS não deixe para trás uma capacidade de diálogo”. 

Na entrevista dada ao i, Inês Sousa Real tinha garantido que “a verdadeira alternativa” seria o PAN, não é o PS, nem o PSD”, garantindo que só no dia 30 haveria lugar ao diálogo, em torno “do debate em torno daquilo que são os compromissos que cada um estará disponível para fazer em prol do país e do progresso civilizacional”. Um cenário que ganha cada vez menos importância, tendo em conta o desfecho final.