Costa será ministro interino dos Negócios Estrangeiros transitoriamente

Para libertar Augusto Santos Silva para que possa candidatar-se a presidente do Parlamento.

O primeiro-ministro, António Costa, vai ser nomeado ministro interino dos Negócios Estrangeiros transitoriamente, libertando assim Augusto Santos Silva, ministro do Governo cessante, para assumir o lugar de deputado da bancada socialista e assim possa ser candidato à presidência da Assembleia da República.

A revelação foi feita pelo próprio Presidente da República, que adiantou que António Costa irá assumir estas funções "no começo da semana" que vem e que a posse do XXIII Governo se mantém prevista para a próxima quarta-feira, 30 de março.

"Eu terei de nomear o senhor primeiro-ministro ministro interino dos Negócios Estrangeiros durante uns dias, porque o senhor ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros tem de ficar liberto para, enquanto deputado, poder estar presente na instalação do Parlamento e poder eventualmente ser eleito presidente do parlamento", disse.

Marcelo Rebelo de Sousa explicou que, como "a saída de um ministro implica a saída dos secretários de Estado", terá não só de "nomear interinamente por uns dias, dois dias, o primeiro-ministro ministro interino dos Negócios Estrangeiros" como também "de nomear os secretários de Estado, para ele ter uma equipa para poder funcionar".

Esta nomeação transitória é necessária, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa, "para garantir que não há interrupção, que há continuidade na política externa" até à posse do novo Governo. “É muito vulgar isso acontecer, o primeiro-ministro assumir transitoriamente as funções, neste caso, de ministro dos Negócios Estrangeiros", acrescentou.

Questionado sobre os nomes do novo Executivo, Marcelo não fez comentários, defendendo apenas: "É muito importante que os vários responsáveis portugueses, que têm estado sempre alinhados, continuem alinhados em relação à Ucrânia".

Em relação ao facto de ter conhecido a nova consituição do Governo pela comunicação, Marcelo Rebelo de Sousa não conseguir esconder o incómodo, mas sublinhou que já é passado. "Passou, foi registado". Para o Presdidente, fundamental é "ter o Governo a funcionar a partir da próxima quarta-feira".

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