O Parlamento Europeu vai votar, esta quinta-feira, uma resolução sobre a proteção da UE das crianças e dos jovens que fogem da guerra na Ucrânia.
O Eurodeputado Nuno Melo, recém-eleito líder do CDS, apresentou uma proposta para que os Estados-Membros criem um sistema de mobilização de refugiados ucranianos professores e educadores, integrando-os nos sistemas de ensino dos Estados-Membros de acolhimento, através da simplificação administrativa no reconhecimento das qualificações profissionais, para que possam apoiar diretamente, numa primeira fase, as crianças refugiadas.
Na proposta pode ler-se que “os Estados de acolhimento devem assegurar a educação destas crianças num contexto da maior estabilidade possível, o que se conseguiria com a utilização destes professores, conhecedores dos programas escolares e que falam a língua materna destes refugiados”.
As novas medidas teriam ainda “a dupla vantagem de integração dos professores nas áreas específicas das suas profissões, proporcionando, ao mesmo tempo, a estabilidade escolar e emocional possível das crianças em contexto de guerra”.
Na resolução apresentada, os Eurodeputados salientam também a importância de proteger crianças e jovens provenientes da Ucrânia contra o tráfico e a exploração, além de apoiar o seu acesso à educação nos Estados-Membros.
Sublinhe-se que na sequência da invasão Russa à Ucrânia, mais de quatro milhões de pessoas tiveram de deixar as suas casas na Ucrânia para procurar refúgio noutros países.
Segundo dados da Unicef, quase metade destes refugiados são menores e carecem de proteção reforçada, uma vez que correm um maior risco de serem vítimas de tráfico e exploração.