A presidência russa considerou, esta quarta-feira, “inaceitável” que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tenha utilizado o termo “genocídio” para caraterizar a campanha militar das tropas russas na guerra na Ucrânia.
"Discordamos totalmente das declarações e consideramos inaceitáveis as tentativas de distorcer a situação. Além disso, é dificilmente aceitável que isto seja dito pelo Presidente dos Estados Unidos, um país que cometeu ações (condenáveis) bem conhecidas na história moderna e recente", vincou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Ontem, foi a primeira vez, desde que começou o conflito bélico na Ucrânia, que Joe Biden recorreu à palavra “genocídio” para definir as atrocidades que estão a acontecer na Ucrânia.
O termo foi proferido numa conferência de imprensa em Iowa, onde também chamou o homologo russo de ditador. "O orçamento familiar ou a capacidade de abastecimento de combustível, nada disso deve depender de um ditador declarar guerra e cometer genocídio no outro lado do mundo", afirmou Joe Biden.
Do outro lado do oceano Atlântico, o atual Presidente e candidato para mais um mandato enquanto líder da republica francesa, Emmanuel Macron, preferiu não usar o mesmo termo, por temer que uma "escalada de palavras" dificulte o processo de terminar com a guerra.
Numa entrevista ao canal de televisão France 2, Macron foi questionado sobre as declarações de Biden, às quais disse que pretende ser mais “cuidadosos com os termos”.