A Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas criou um grupo de trabalho para lavrar um texto comum sobre a posição da Assembleia da República na condenação da invasão russa da Ucrânia.
Contudo, apesar de o PCP ter insistido em fazer parte do grupo de trabalho e assinar o texto final, não foi possível chegar a acordo e os comunistas acabaram a apresentar um voto alternativo, que acabou chumbado.
Nesse voto, defendiam o fim da guerra que “tem lugar há oito anos”, referindo-se ao massacre em Bucha, como “notícias difundidas a partir dos centros do poder ucraniano e ampliadas pela máquina de propaganda”, assim como “alegações russas de que se tratou de uma operação de manipulação pelas forças ucranianas”, defendendo que estas “informações contraditórias” exigem um “cabal apuramento”.
Já o texto subscrito pelos restantes grupos parlamentares e deputados “condena e repudia veementemente” tanto a agressão da Rússia e a invasão da Ucrânia como os massacres de civis ocorridos em “Bucha, Irpin e outras localidades nos arredores de Kiev”, assim como outros que tenham ocorrido e “venham a ser descobertos”.