A TAP abriu “um novo pacote de medidas voluntárias” para os pilotos, depois de estes terem rejeitado um acordo que previa a redução do corte adicional de 20% a que estão sujeitos. Segundo o documento, da comissão executiva da companhia aérea, a que a Lusa teve acesso, “no contexto da negociação do AE [acordo de empresa], a TAP tem mantido um diálogo frequente com o SPAC desde o início de março”. E garante que “as negociações não têm evoluído ao ritmo esperado e desejado, tendo sido interrompidas para a discussão mais específica de um acordo que apoie a operação deste verão, crítico para a recuperação da empresa, e reforce o caminho da retoma”, referindo que, foi acordada uma proposta conjunta com o SPAC, incluindo medidas para reduzir o corte adicional de 20%, mantendo apenas o corte de 25%, em igualdade com os restantes trabalhadores”, referiu a gestão da transportadora.
A TAP referiu ainda que, “dado o limite de 99 aeronaves para a frota exigido pela Comissão Europeia para a aprovação do plano, continua a existir a necessidade de ajustamento do quadro de pilotos da companhia” e, como tal, “irá abrir um novo pacote de medidas voluntárias para possibilitar uma melhor distribuição do trabalho e um aumento da produtividade efetiva, e, por consequência, uma melhoria da remuneração individual de cada piloto”, sem avançar mais detalhes.
De acordo com a comissão executiva, “a negociação dos AE foi um compromisso transversal entre os trabalhadores e a TAP, durante os Acordos Temporários de Emergência (ATE)”, referindo que, “em particular, no ATE dos pilotos acordaram-se cortes salariais adicionais, recaindo sobre esta classe profissional um sacrifício maior do que ao resto da organização”.