O primeiro-ministro mostrou, esta quarta-feira, estar de acordo com a posição expressa pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, sobre a respetiva demissão do responsável do SEF que voltar a falhar nas suas funções no aeroporto de Lisboa.
Na segunda ronda do debate sobre política geral, no Parlamento, o líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, introduziu este tema ao questionar António Costa sobre as declarações recentes de José Luís Carneiro, que assumiu ao jornal Público ter existido, num dia específico, uma falha de comunicação do SEF que originou as longas filas assistidas no aeroporto de Lisboa e que uma repetição desta falha valeria a “substituição imediata de quem tem essa responsabilidade no aeroporto”.
Na sua resposta, Costa demonstrou estar do lado do ministro, ao indicar que existiu uma falha num dia em que desembarcaram mais de 3.000 passageiros em simultâneo no aeroporto de Lisboa, cuja ocorrência não foi comunicada à direção nacional do SEF e que poderia gerar a necessidade de ativar a equipa de contingência.
"Não foi comunicado, foi uma falha, o ministro sinalizou o que havia a sinalizar, repetindo isto há demissão", assinalou o chefe do Governo.
Já na sua intervenção, o líder parlamentar do Chega não poupou nas críticas e acusou o Executivo socialista de, em menos de três meses em funções, ter "o caos na saúde, no aeroporto e na segurança".
"Sentimos nos últimos dias que existe um grande aumento da criminalidade em Portugal com grupos de gangues que têm espalhado terror em algumas zonas de Lisboa e do Porto", notou Pedro Pinto.
Costa justificou-se com um relatório internacional publicado hoje, no qual indica que Portugal recuperou "a terceira posição de país mais pacífico do mundo".
"Há várias formas de analisar a evolução da criminalidade: uma é lendo as notícias e definir assim a política criminal", apontou, ao destacar a estabilidade entre governos que tem existido nessa matéria.
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