Líderes do G7 vão enviar mensagem clara à Rússia antes de cimeira da NATO

Para o chanceler alemão, Olaf Scholz, no momento em que as forças russas romperam indevidamente pelo território ucraniano, Moscovo entrou num “ponto sem volta” com a comunidade internacional.

Antes da cimeira da NATO em Madrid, os líderes do G7 vão lançar, esta terça-feira, uma mensagem clara em resposta às ações da Rússia no final do encontro de três dias, onde discutiram sobretudo a guerra contra a Ucrânia.

Para o chanceler alemão, Olaf Scholz, no momento em que as forças russas romperam indevidamente pelo território ucraniano, Moscovo entrou num "ponto sem volta" com a comunidade internacional.

Poucas horas depois dessa declaração, os líderes do G7 condenaram o "abominável crime de guerra" contra o centro comercial da cidade ucraniana de Kremenchuk.

{relacionados}

"Não descansaremos até que a Rússia ponha fim à sua guerra brutal e sem sentido", assinalou o G7 num comunicado divulgado em Elmau, o castelo bávaro onde está a decorrer a cimeira.

Em Elmau, os líderes das sete economias mais importantes do mundo asseguraram que apoiarão a Ucrânia "o tempo que for preciso", depois da intervenção virtual do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ontem.

O discurso de Zelensky aconteceu horas antes do ataque ao centro comercial, no entanto a resposta dos líderes dos Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Japão, Reino Unido, França e Itália foi clara.

Principalmente do Presidente dos EUA, Joe Biden, que continua a apresentar duras sanções contra a Rússia, com ou sem o G7.

Biden, fortemente apoiado pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou novas penalizações do G7 que vão desde a imposição de um teto ao preço do petróleo russo a novas tarifas sobre os seus produtos, bem como a proibição de importações de ouro russo.

O encontro em Elmau vai continuar em Madrid, para onde os líderes irão viajar diretamente e marcar presença na cimeira da NATO, que arranca amanhã. No entanto, no dia de hoje também haverão encontros paralelos nesta cidade espanhola, como o da Suécia e Finlândia, que querem aderir à organização, com a Turquia, que coloca entraves à pretensão.