Liga dos Campeões. Benfica no caminho do Dínamo de Kiev

O Benfica foi passear até à Dinamarca onde confirmou a passagem ao playoff da Liga dos Campeões.

Na Dinamarca há valores mais altos que o futebol e por isso o Midtjylland recebeu ontem o Benfica numa casa emprestada, já que no seu campo decorria uma prova de hipismo. E os dinamarqueses não se deram bem em casa emprestada, pois foram outra vez derrotados, desta vez por 3-1.

O jogo não foi brilhante, mas o objetivo foi cumprido, com a passagem ao playoff, último obstáculo para entrar na fase de grupos, que representará um encaixe financeiro muito elevado para os cofres do clube. Tudo começou como tem acontecido nos últimos tempos, com o argentino Enzo Fernández a entender-se com Gonçalo Ramos, tendo este feito o passe que o antigo craque do River Plate aproveitou para abrir o marcador.

Depois foi a vez de uma das joias da coroa do clube encarnado fazer uso do seu excelente jogo de cabeça para aumentar a vantagem para 0-2. Henrique Araújo não se encolhe perante as oportunidades e percebe-se que será um valor a seguir, caso não se perca pelo caminho.

A fechar as contas do Benfica, falemos do melhor golo da noite: Diogo Gonçalves, que muitos benfiquistas nem saberiam que ainda está no clube, tais foram as vezes que se falou que seria vendido, usou o seu pé direito para fazer um golaço do meio da rua, descaído no lado esquerdo. Os dinamarqueses tinham reduzido, mas foi maior a alegria dos adeptos do que a dos jogadores.

Desta forma o clube da Luz continua sem perder neste início de época, esperando-se que Ricardo Horta se junte à armada vermelha nos próximos dias. 

1.ª mão decidiu tudo Mas a passagem do Benfica ao playoff da Liga dos Campeões, onde encontrará o Dínamo Kiev – que já deixara para trás a equipa de Jorge Jesus, os turcos do Fenerbahçe, e agora eliminou os austríacos do Sturm Graz, outra vez no prolongamento, começou a desenhar-se no Estádio da Luz, onde o Benfica arrasou o Midtjylland por 4-1, e onde Gonçalo Ramos teve uma noite quase perfeita, marcando três golos.

O outro foi de autoria de Enzo Fernández e fez levantar o estádio, já que respondeu a um canto marcado por João Mário, e sem deixar a bola cair, rematou para o fundo das redes adversárias.

No ano passado, apesar de ter uma prestação sofrível no Campeonato Nacional, o Benfica conseguiu atingir os quartos-de-final da Liga dos Campeões, tendo sido eliminado pelo Liverpool, finalista vencido pelo Real Madrid. Mas na época anterior – 2020-2021 – tinha sido eliminado na terceira-pré-eliminatória pelo modesto PAOK de Salónica, treinado então pelo português Abel Ferreira.

A equipa orientada por Jorge Jesus nessa época tinha investido 80 milhões para fazer um brilharete, mas tudo acabou num jogo único contra os comandados de Abel Ferreira, que hoje brilha no Palmeiras do Brasil.

Em 2019-2020, o Benfica jogou a fase de grupos, mas em seis jogos, venceu dois, empatou um e perdeu três. Resta saber se este ano consegue, de novo, juntar-se ao Sporting e ao FC Porto na fase de grupos.

Gonçalo fica ou sai? Ainda não se percebeu se Gonçalo Ramos fica ou não na Luz, mas o jovem jogador começou bem a sua odisseia na principal prova europeia, ficando desde logo a 44 golos do eterno Eusébio.

Apesar de hoje em dia haver muito mais jogos na Liga dos Campeões – antigamente só jogavam os campeões dos respetivos países e não havia pré-eliminatórias – nos cinco maiores goleadores encarnados na competição não aparece nenhum jogador que tenha vestido a camisola nos últimos 20 anos. Nené, o homem que nunca sujava os calções, fecha o top 5, com 15 golos, mais três do que o paraguaio Cardozo.

A seguir ao rei Eusébio aparece Torres, o homem que adorava pombos, com 21, seguido de José Augusto com 19, aparecendo depois José Águas, o homem que levantou a primeira Taça dos Campeões ganha pelo Benfica na época de 60/61, em Berna, frente ao Barcelona, com 18 remates certeiros.

Olhando para o site oficial da UEFA, constata-se que os números de participações não colam com a contabilidade de alguns sites portugueses, pois o organismo europeu diz que Luisão foi o jogador que mais vezes vestiu a camisola encarnada em jogos da Liga dos Campeões, por 69 vezes, contra 63 jogos do King. O que não ‘cola’ com alguns sites portugueses. É apenas uma questão de contabilidade.