António Costa reagiu na tarde desta quarta-feira ao discurso feito de manhã pelo presidente russo – em que este anunciou uma "mobilização parcial" de cidadãos e garantiu que a ameaça nuclear não é 'bluff' – referindo que foi uma "desilusão" para quem deseja paz.
"A mensagem do presidente Putin é uma grande desilusão para todos os que desejam o fim rápido da guerra e o restabelecimento da paz na Ucrânia", disse aos jornalistas o Primeiro-Ministro em Nova Iorque, à margem do 77.º período de sessões da Assembleia das Nações Unidas.
"Acho que hoje o discurso do presidente Biden foi de uma grande serenidade, muito claro a reafirmar que a guerra nuclear não pode existir e essas ameaças são de uma total responsabilidade. Não é mesmo o caminho a seguir", sublinhou o chefe do Governo português, numa referência ao discurso presidente dos Estados Unidos da América (EUA), que acusou a Rússia de violar a carta das Nações Unidas.
António Costa adiantou que foi discutida a importância de garantir a liberdade de circulação dos cereais, dos fetilizantes e "de tudo o que é necessário para assegurar as próximas culturas".
"A União Europeia, desse ponto de vista, está a fazer um esforço grande para clarificar que as sanções não abrangem nenhum destes produtos", disse, lembrando que é necessário "conter os efeitos globais desta guerra".