As celebrações do 112.º aniversário da Implantação da República serviu de mote para as intervenções de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, mas também de António Costa, primeiro-ministro, e de Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Este último aproveitou o púlpito para ‘atirar farpas’ ao Executivo de António Costa.
Na sua intervenção, o autarca defendeu ser necessária “audácia” para combater o “jugo fiscal” e para que o país “não se veja fatalmente destinado a cair para a cauda da Europa”. “Não nos podemos resignar perante alguma estagnação económica. Deveremos querer mais do que apenas convergir com a Europa. Não podemos ser assim, porque nunca fomos assim”, disse Moedas.
António Costa não deixou o autarca sem resposta, desvalorizou a análise e relembrando Moedas que é “presidente da Câmara de Lisboa e que, por isso, fala para os lisboetas e para os desafios que se colocam aos lisboetas”, cabendo ao Governo que “encontrar soluções”. A título de exemplo, Costa relembrou o pacote de apoios contra a inflação promovido pelo Executivo. “Cada órgão de soberania deve falar e agir conforme as suas competências”, vaticinou o primeiro-ministro, em ‘golpe’ às críticas de Carlos Moedas, esclarecendo, de seguida, o papel do Governo: “Nós não falamos. Nós agimos, fazemos e resolvemos”, algo que “não compete a mais ninguém, que é encontrar soluções para resolver os problemas”.