Após condenação da AG da ONU, MNE português diz que mundo percebe que a guerra “também é contra a ordem internacional”

Portugal foi um dos 143 países que votou a favor da condenação da Rússia pela anexação ilegal de regiões ucranianas. A resolução foi rejeitada por Rússia, Bielorrússia, Coreia do Norte, Nicarágua e Síria. Outros 35 países, entre os quais a China, abstiveram-se.

A Assembleia das Nações Unidas aprovou, esta quarta-feira, uma resolução a condenar a anexação de quatro regiões ucranianas pela Rússia. Para o ministro dos Negócios Estrangeiros português, o isolamento da Rússia é um sinal de que a guerra na Ucrânia é contra o direito e a ordem internacional.

"O isolamento russo mostra que o mundo compreende que a guerra contra a Ucrânia é também uma guerra contra o direito e a ordem internacional", escreveu João Gomes Cravinho na rede social Twitter.

O governante ainda anexou, junto a sua afirmação, uma imagem do quadro da votação da resolução, que seguiu com o seguinte comentário: "as Nações Unidas condenaram por esmagadora maioria as anexações e os falsos referendos russos em território ucraniano".

Portugal foi um dos 143 países – corresponde a três quartos dos membros da Assembleia Geral – que votou a favor da condenação da Rússia. A resolução foi rejeitada por Rússia, Bielorrússia, Coreia do Norte, Nicarágua e Síria, e foi abstida por 35 países, entre os quais a China.

Note-se que das quatro resoluções aprovadas pela ONU desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro, esta foi a que recebeu mais apoio da Assembleia Geral à Ucrânia

A resolução promove o não reconhecimento da anexação de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, formalizada pela Rússia no final de setembro, e exige a Moscovo que reverta a decisão. Também condena os "chamados referendos ilegais" criados pela Rússia e considerados inválidos à luz do direito internacional.

Para a Assembleia Geral, as ações da Rússia violam a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, distanciando-se dos princípios da Carta da ONU.

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