O PS e o PSD confirmaram esta sexta-feira que vão aprovar a ida do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao mundial de futebol do Qatar.
A notícia foi confirmada pelos líderes parlamentares Eurico Brilhante Dias (PS) e Joaquim Miranda Sarmento (PSD), em declarações à rádio Renascença, no programa já gravado “São Bento à Sexta”, e que será transmitido a partir das 23h00.
Ambos os políticos informaram que irão dar um ‘parecer’ positivo ao pedido de autorização do chefe de Estado – obrigatório pela Constituição – para assistir ao primeiro jogo da seleção, que decorre no dia 24.
"O senhor Presidente entende que deve ir, tem bons fundamentos para ir: primeiro, porque foi sempre apoiar a seleção; segundo, Portugal é candidato à organização do Mundial de 2030: e não é a decisão do Presidente e dos outros órgãos de soberania que, infelizmente, muda os factos, bem pelo contrário", afirma Eurico Brilhante Dias, que classificou como "lamentável" a atribuição da organização do Mundial ao Qatar, citado no site da Rádio Renascença.
Já Joaquim Miranda Sarmento – também critico da decisão de ‘levar’ o mundial ao Qatar, que “envergonha quem a tomou” – afirmou que "o PSD tem a mesma posição que sempre teve relativamente a viagens do senhor Presidente da República, qualquer que seja o titular do cargo".
"A Constituição obriga a que, sempre que o Presidente da República se queira ausentar do país, o Parlamento tem que aprovar essa ausência. Se o senhor Presidente da República fizer esse pedido ao parlamento, o PSD votará favoravelmente como sempre votou em qualquer viagem ou ausência, deste e de todos os outros Presidentes", disse ainda, frisando que nunca o PSD votou contra qualquer deslocação presidencial desde 1976 e "não é agora que isso vai acontecer".
Sublinhe-se que no pedido de deslocação, que deu entrada no parlamento, Marcelo pede autorização para se ausentar do país entre 23 e 25 de novembro para assistir ao primeiro jogo da seleção no Qatar, admitindo a possibilidade de a deslocação se efetuar via Cairo para participar numa conferência sobre o "Futuro da Educação de Qualidade", juntamente com outros chefes de Estado.