Corrida a cinco ao Conselho Nacional

Apenas a lista encabeçada por Mariana Leitão, a única que está alinhada com a atual comissão executiva, concorre a todos os órgãos a eleição. Já ao Conselho de Jurisdição e ao Conselho de Fiscalização apresentam-se todos, menos a lista do primeiro presidente do partido. 

Ao Conselho Nacional – órgão responsável por acompanhar e orientar a estratégia política do partido – estão na corrida cinco listas. Mas só uma, a L, entregou candidaturas a todos os órgãos a eleição. Liderada pela atual presidente da mesa, Mariana Leitão. Já ao Conselho de Jurisdição e ao Conselho de Fiscalização apresentam-se todas, com a exceção da T. 

Mariana Leitão é a única que está alinhada com a atual comissão executiva do partido. Mas elogia a concorrência: «É um ótimo sinal e só demonstra que a IL é um partido cheio de vitalidade e com pessoas que estão disponíveis para dar o seu contributo em prol do partido e do país. É isso que essas candidaturas demonstram».

Já Miguel Ferreira da Silva foi o primeiro presidente do partido e lidera agora a lista T. Em entrevista ao Nascer do SOL, admitiu que a ideia não partiu dele mas foi convidado para encabeçar esta candidatura. «Estive sempre atento, sempre disponível para quando o partido quis ou achou que podia dar um contributo, mas dando lugar aos outros. Não precisamos de viver só e para a política».

«Diversidade» e «pluralismo» são as  linhas orientadoras da sua equipa, que por várias vezes defendeu que a IL foi fundada como «plataforma de participação para todos os liberais», considerando que há condições para «construir uma nova forma de participação política: mais aberta, mais plural, mais participativa, mais liberal».

Já Nuno Simões de Melo defende a seperação de poderes entre a Comissão Executiva e a Comissão Nacional, assim como o aumento do número de conselheiros, que podem ir dos 60 aos 75, «para que possam cumprir as suas competências, quer ao nível do escrutínio, quer ao nível de apoio ao cumprimento da moção da estratégica global». 

E defende que o partido tenha respostas às perguntas e às dificuldades do comum dos cidadãos em todo o país e que aposte no interior. «É dizer ao português que vive no interior: ‘Meu caro para si também tenho uma mensagem de por favor Estado não nos estorve, ao menos, isso’, porque há muito Estado na vida de cada um de nós e o único partido que vejo com um discurso de menos Estado é a Iniciativa Liberal, mas parece que foi esquecido naquilo que vou chamando a espuma dos dias. Temos de ter argumentos e mensagens para todos» – disse em entrevista ao Nascer do SOL. 

Também Rui Malheiro, atual conselheiro nacional, entra na corrida e tem sido uma das vozes criticas do partido, ao queixar-se que «não é ouvido». 

Segundo o candidato, «o problema desta comissão executiva é isto: falam durante uma hora e meia, e os membros têm dois minutos. Falam mais do que ouvem». 

Na corrida está ainda Márcio Oliveira Santos que foi o cabeça de lista pelo Iniciativa Liberal às legislativas de 2022 pelo círculo eleitoral de Aveiro.

Recorde-se que, no caso do Conselho Nacional, Conselho de Jurisdição e Conselho de Fiscalização, será utilizado o método de Hondt para a conversão dos resultados em mandatos, sendo «eleitos os candidatos pela ordem em que figuram na respetiva lista».

Já no caso das eleições para os órgãos nacionais «são realizadas por voto direto, pessoal, secreto e decorrem por sistema de votação online», sendo todas as restantes votações públicas.