Notícia atualizada às 20h50
João Galamba pediu esta terça-feira a demissão, quatro meses depois de ter assumido o cargo de ministro das Infraestruturas como substituto de Pedro Nuno Santos. A demissão é apresentada poucos dias depois de o governante dizer que considerava ter "todas as condições para permanecer no cargo".
A decisão é tomada na sequência das mais recentes polémicas que envolvem o seu ex-adjunto Frederico Pinheiro.
Nesse sentido, António Costa esteve hoje reunido com o ministro e, de seguida, com o Presidente da República.
Em comunicado, João Galamba escreve que apresentou "agora mesmo" o seu "pedido de demissão ao senhor primeiro-ministro".
"Comunico que apresentei, agora mesmo, o meu pedido de demissão ao senhor primeiro-ministro. No atual quadro de perceção criado na opinião pública, apresento o meu pedido de demissão em prol da necessária tranquilidade institucional, valores pelos quais sempre pautei o meu comportamento e ação pública enquanto membro do Governo", escreve o ex-ministro.
Galamba sublinha que nunca agiu "em desconformidade com a lei ou contra o interesse público".
O ministro agradece "ao Senhor Primeiro-Ministro a honra" de lhe ter "permitido participar no seu Governo".
"Agradeço ao Senhor Secretário de Estado das Infraestruturas e ao meu Gabinete todo o trabalho e dedicação que colocaram ao serviço do interesse público", escreve, pedindo ainda desculpa à Chefe de Gabinete e às suas assessores que terão, alegadamente, sido ameaçadas e agredidas por Frederico Pinheiro.
Recorde-se que, no passado dia 25 de abril, João Galamba exonerou o seu adjunto Frederico Pinheiro, por "comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades inerentes ao exercício das suas funções num gabinete ministerial".
Dias depois, o governante foi acusado pelo ex-adjunto de querer ocultar provas do seu envolvimento numa reunião do grupo parlamentar socialista com a ex-CEO da TAP, Christine Ourmiéres-Widener, para preparar uma audição na Comissão de Economia da Assembleia.