Como sempre tem feito desde que é Presidente da República, Marcelo vai dedicar o discurso do dia de Portugal a temas mais de desígnio nacional e menos de conjuntura. E nem o facto de estar lado a lado com o primeiro-ministro desviará o Presidente da determinação em não misturar as comemorações com a atualidade política.
Numa semana em que Presidente e primeiro-ministro estiveram fora do país, Marcelo e Costa apenas tiveram uma coincidência de agendas durante algumas horas na África do Sul. Tempo insuficiente para que pudessem ter um encontro a sós. A falta de tempo e a agenda oficial continuarão a ser o argumento ideal para que também no dia 10, no Peso da Régua, os dois mantenham as tréguas.
Marcelo Rebelo de Sousa vai manter-se atento e empurra análises e consequências para o final de julho, data em que já prometeu um Conselho de Estado para analisar a situação política. Na mesma altura, receberá em Belém os partidos com assento parlamentar.